ATIVISMO E VOLUNTARIADO


HISTÓRIA DA MARIA DA PENHA QUE DEU NOME À  LEI 

A história da farmacêutica bioquímica Maria da Penha Maia Fernandes, que deu nome à Lei nº 11.340/2006, vai se tornar filme. O longa deverá ser protagonizado pela atriz e produtora Naura Schneider que conheceu Maria da Penha durante a produção do documentário “O Silêncio das Inocentes”. O Ministério da Cultura autorizou a captação de recursos para início dos trabalhos.

O filme mostrará a luta de Maria da Penha por  Justiça, na busca pela condenação de seu ex-marido por sucessivas agressões e duas tentativas de homicídio.

Quase 30 anos depois de ter ficado paraplégica devido a um tiro de espingarda disparado pelo economista e professor universitário Marco Antônio Heredia Viveros, seu marido à época, os relatos de agressão e maus-tratos repetidos à exaustão por Maria da Penha ainda são atuais e fazem parte, infelizmente, do cotidiano de milhares de mulheres no Brasil.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cada ano mais de 1 milhão de mulheres são vítimas de violência doméstica. O enredo, o roteiro e o final do filme sobre Maria da Penha já são conhecidos. Mas ainda existem muitas mulheres que não conseguiram colocar um fim à violência que sofrem de seus maridos, companheiros e namorados.

A diferença delas para Maria da Penha é que hoje o Brasil conta com uma lei que pune quem agride sua mulher, companheira ou namorada. A Lei nº 11.340/2006, promulgada em 6 de agosto pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e batizada de Lei Maria da Penha, é resultado da luta desta mulher que se viu diante da violência implacável de seu ex-marido.

Como tudo começou

Maria da Penha formou-se em Farmácia e Bioquímica em 1966, na primeira turma da Universidade Federal do Ceará. Na época em que cursava pós-graduação na Universidade de São Paulo (USP) conheceu o homem que, tempos depois, se tornaria seu marido  e pai de suas três filhas. Ao conhecê-lo, Maria da Penha nunca poderia imaginar no que ele se transformaria.

“Uma mulher quando escolhe um homem, ela quer que seja para sempre”, declarou em um dos seus vários depoimentos.  Simpático e solícito no início do casamento, Marco Viveros começou a mudar depois do nascimento da segunda filha que, segundo relatos de Maria da Penha, coincidiu com o término do processo de naturalização (Viveros era colombiano) e o seu êxito profissional.

Foi a partir daí que as agressões se iniciaram e culminaram com um tiro em uma noite de maio de 1983. A versão dada pelo então marido é que assaltantes teriam sido os autores do disparo.  Depois de quatro meses passados em hospitais e diversas cirurgias, Maria da Penha voltou para casa e sofreu mais uma tentativa de homicídio: o marido tentou eletrocutá-la durante o banho. Neste período, as investigações apontaram que Marco Viveros foi de fato autor do tiro que a deixou em uma cadeira de rodas.


Sob a proteção de uma ordem judicial, Maria da Penha conseguiu sair de casa, sem que isso significasse abandono do lar ou perda da guarda de suas filhas. E, apesar das limitações físicas, iniciou a sua batalha pela condenação do agressor.






SETE ANOS E NADA MUDOU É SEMPRE SEM TESTEMUNHAS ATÉ O DIA QUE ACONTECE O PIOR!

DESCULPA ROTINEIRA para não AGIR : "É A PALAVRA DELE(O AGRESSOR) CONTRA A DELA(VÍTIMA)" = ACREDITAM NELE

As família que perdem suas FILHAS, IRMÃS e MÃES têm que começar a responsabilizar ALGUÉM por NÃO DAR CREDIBILIDADE À VITIMA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. NA DÚVIDA DEVERIAM PROTEGER A MULHER e NÃO DESAMPARÁ-LA COMO FAZEM QUASE SEMPRE!


Nestes longos 10 anos de luta intensa contra violência doméstica vista, ouvida e vivida por mim de formas diversas e a maioria das vezes velada e sem testemunhas...NADA MUDOU! 

Com o IMENSO DESPRAZER de ouvi a DELEGADA DE CAXIAS dizer na TV que "TUDO FOI FEITO" e que NÃO HAVIAM INDÍCIOS SUFICIENTES , POIS ERA A PALAVRA DELA CONTRA A DELE". Eu me arrisquei e GRAVEI, mas nem assim houve providências contra as ameaças, MUITO PELO CONTRÁRIO, até hoje PAGO O PREÇO com uma perseguição VELADA.

QUANDO VÃO APRENDER QUE AGRESSOR NÃO CHAMA TESTEMUNHA PARA ASSISTIR SEUS ATOS DE COVARDIA? Se ficarmos nessa de "É A PALAVRA DELA CONTRA A DELE" é melhor deixar de hipocrisia e fechar as delegacias DA MULHER.

Uma delegacia que DEIXA DE PROTEGER porque ACHA QUE ESTAMOS MENTINDO, NÃO TEM PORQUE EXISTIR. COMPREM DETECTORES DE MENTIRA, INSTALEM ESCUTAS TELEFÔNICAS, "DÊ SEU JEITO DE DESCOBRIR A VERDADE, MAS NÃO DESAMPARE A MULHER com a desculpa de que NÃO TEM PROVAS! Não tem ou não quer ter? Investigadores descobrem no inferno quem sonega impostos, descobrem quem assalta mansões e NÃO SÃO CAPAZES DE INVESTIGAR SE UM CASO DE VIOLÊNCIA É VERDADE em plena ERA DA TECNOLOGIA? Ou Eu somos IDIOTAS ou TEM ALGO ERRADO AÍ? Entendi...tem mais gente MATANDO MULHER do que SONEGANDO IMPOSTOS? ou dá mais retorno econômico descobrir SONEGADORES do que DESCOBRIR ASSASSINOS?

Eu acho que sai mais BARATO tirar os agressores das ruas, pois se continuar assim o SUS vai ter que criar uma rede ESPECIAL só pra atender MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA e CUIDAR DE FILHOS ÓRFÃOS e NÃO vai sobrar dinheiro para os políticos fazerem farra!


Eu já sei uma coisa...COMO MULHER VOU TER QUE MORRER PRA ACREDITAREM EM MIM, FATO!

Assistam mais este caso ABSURDOOOOOOO!
PARECE que mais uma mulher morre por rejeitar um homem desequilibrado!

http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/fotos/ex-mata-mulher-na-frente-do-filho-de-sete-anos-na-baixada-fluminense-19082014#!/foto/1







Venho desde 2007 me familiarizando cada vez mais com a problemática relacionada à VIOLÊNCIA CONTRA MULHER e a fragilidade das leis que não encontram elementos para minimizar ou impedir o número cada vez maior de agressões e mortes contra mulheres no Brasil. O afastamento do agressor quase sempre depende de testemunhas, quando ninguém quer se envolver, ou de provas que o agressor jamais vai fornecer antes de culminar em um dano irreversível à Mulher. Afastar alguém que pode oferecer risco à vida da Mulher deveria ser algo mais simples, menos burocrático. Afinal, que mal trará a vida deste homem afastar-se de uma mulher que ele deseja ver morta...Mas ele aproximar-se dela pode no mínimo lhe trazer transtornos, constrangimentos, ameaças, agressões verbais, e em muitos casos sua morte.

Outro problema que envolve casos de violência doméstica é a perseguição velada que o homem faz para que a mulher não consiga se estabelecer profissionalmente para que ele possa usar usar os filhos em ataques contra sua condição econômica inferior após a separação. Sugerimos que o poder público agilize formas de empoderamento e valorização desta mulher para que possa voltar às suas atividades ou desenvolver novas atividades de sustentabilidade de sua família. Somos hoje um número importante de mulheres que mantemos nossas famílias sozinhas, bem como aquelas que colaboram com a renda familiar junto com o homem. Não vamos esquecer que estar em casa cuidando dos filhos e da casa, é uma importante contribuição para que homens possam trabalhar fora sem se preocupar com atividades do cotiano que o mesmo teria que pagar para fazê-las ou ele mesmo desempenhá-las em dupla jornada como fazem as mulheres que trabalham fora de casa.

Existem políticas públicas no sentido de oferecer às Mulheres formas de obter renda, auto-estima e credibilidade, mas muito ainda deve ser feito quanto ao preconceito e ao mau gerenciamento em algumas destas ações. Para isto, acreditamos que a escolha dos responsáveis pelas decisões referentes às ações no combate à violência doméstica devem ter critérios que vão além da compatibilidade partidária, mas sim baseadas no engajamento da causa.

Links importantes

OAB- Mulher
Defesa e Cidadania da Mulher

Mulheres estão sendo ameaçadas, agredidas e mortas antes que a justiça encontre ELEMENTOS PARA AFASTAR O AGRESSOR além da simples e desacreditada palavra da mulher ameaçada, que nem vamos chamar de vítima para não incomodar ninguém. Quando vamos ter o DIREITO de garantir a distância daqueles que nos querem MAL...Não se escondam, denunciem e acreditem, pois muitos gritos juntos com certeza obrigam aos SURDOS a tomarem 1 atitude.(facebook)

Artigos escritos para Jornais ou Revistas

Violência Contra a Mulher e seus Falsos Tabus

Campanha Contra Violência Doméstica (Vinculada a TV)


A violência contra a mulher sempre existiu, no entanto hoje tem estado em evidência dado a audácia dos agressores e a omissão de alguns órgãos da justiça. Para nosso conforto, existem muitos órgãos pelo país, que mesmo silenciosamente, vivem alertas aos casos de violência enquanto dormimos. Órgãos como a Secretaria dos Direitos da Mulher em Teresópolis merecem nosso reconhecimento. Injustamente, porém por necessidade de sigilo, o público nem faz idéia do número de mulheres assistidas, protegidas, salvas e recuperadas por órgãos como estes. Como mulher e um dia assistida pela Secretaria, posso assegurar-lhes que em Teresópolis existe um foco ativo contra a violência doméstica e a integração da mulher à sociedade, bem como à preocupação de sua valorização como cidadã, trabalhadora e formadora de gerações. Lembremos aqui, que existem seres humanos sem ética, sem noção de justiça ou sem nenhum escrúpulo ou pudor, mas não vamos associar estes valores a todos os homens. Muitas das mulheres que lutam hoje em defesa da mulher, tem seus lares e famílias em harmonia. Também é importante dizer que seus maridos e dirigentes compactuam desta mesma filosofia. É muito importante que a mulher vítima de violência entenda que o homem não é o inimigo, que o feminismo é tão injusto quanto o machismo. Apenas com esta consciência esta mulher retomará sua vida, voltará a apaixonar-se e finalmente aprenderá que confiança independe de gênero.

Temos algo a mudar neste quadro de luta contra a violência doméstica. Devemos deixar de imaginar que o homem agressor sempre é um alguém rotulado em sua condição econômica, social ou educacional. O agressor com acesso a informação e de poder aquisitivo elevado pode ser muito mais danoso e perigoso do que qualquer outro. Tal agressor intelectual terá aos olhos da lei certa proteção de credibilidade, claro que para isto lembremos que este agressor não deixa rastro ou provas de sua violência. Aos que conhecem a origem da Lei Maria da Penha, a compreensão desta afirmação torna-se mais clara.

Gostaríamos de dizer a mulher vítima ou não de violência doméstica que ela deve sempre ocupar seu espaço próprio na sociedade, com trabalho, auto-estima e vida independente. De certa forma estamos dizendo que a mulher deve ser cidadã para conhecer e exigir uma vida harmônica, saudável e feliz. Para isto, não hesitem em visitar a Secretaria e conhecer seus eventos e benefícios na construção desta cidadania e independência.

Deixo meu e-mail para aquelas que desejem partilhar experiências em comum com alguém que conhece o problema e foi levada à encontrar a solução.

MSc. Maria da Paz F do Nascimento
Mulher, Mãe, Professora e artista Plástica
NASCIMENTO, M. P. F. A Violência Contra a Mulher e seus falsos tabus. Março/Abril 2010. Jornal Comunicação –Teresópolis -RJ. (Obra escrita/Artigo de Jornal).

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